Recife, a "Peneira Brasileira"

Bom dia, queridos. Antes de iniciar um tema importante para hoje, gostaria de mudar o modo como trato vocês que visitam meu “quarto”. Estou cansando de estar sempre falando “gente”. Pois bem... Em qualquer casa que se vá, a gente só emburaca (entrar de modo a sentir-se à vontade no ambiente) em duas ocasiões:

1.       Se formos mal-educados e “entrões”

2.       Se o dono da casa/do quarto nos convidar a entrar...

Quando o dono convida, geralmente convida alguém da sua intimidade (família, amigos, pessoas queridas). Então, que vocês que entram no meu “quarto” a convite meu, sintam-se a vontade e sintam-se meus “queridos”. Aos que entram sem meu convite, tudo bem, são queridos também... Pois por que não seriam se o blog é de livre acesso?! E por que não seriam queridos também se suas visitas são sempre bem-vindas?

Obrigada a todos que tem me visitado. Espero que estejam gostando...

Em falar em “emburacar”(neste contexto a palavra certa é esburacar – vem de esburacado, escavado, fundo)... Já perceberam como o Recife está uma beleza? Há tempos atrás eu dizia que minha bunda era uma peneira, por aglomerar celulite. Hoje vejo que Recife sim, é uma peneira, cheia de buraquinhos (e buracões). E dizer isso até me faz recordar uma música da novela infantil Chiquititas (exibida no SBT na década de 90):

Neste caso podemos fazer algumas adaptações...

Coração com Buraquinhos

Tenho um coração com
Buraquinhos
E não posso me curar
Se está morrendo
Aos pouquinhos
Com cada dor
Se morre mais

Recife com Buraquinhos

Moro em uma cidade com

Buraquinhos

E não posso me mudar

Os carros vão quebrando

Aos pouquinhos

E a cada dia

Se quebra mais

Mas quais fatos/motivos levaram-me a vir aqui, na manhã desta terça-feira, tratar deste assunto?

Como boa publicitária (estudante, ainda...), adoooro assistir às propagandas do intervalo comercial na TV. Não sendo a primeira vez, ontem vi a nova propaganda da HAVAIANAS (estreada em 18/04). Para quem já viu, no fim da propaganda a francesa diz que vai passar a lua de mel em Veneza. Como se dizer isso quisesse dizer que ela não vai passar a lua de mel no “Brésil”. Engano da francesinha. Isso porque ela não sabe que Recife é a “Veneza Brasileira”.

Temos alguns sites como referencias. Tratam de Recife simbolizando-a por águas, rios, pontes... Cidade construída sobre águas. Cidade de sobrados e pontes. Cidade de ilhas. Diz a história que Recife foi cidade idealizada por sua geografia e suas belezas, sendo a primeira cidade brasileira a construir uma ponte, esbanjando esplendor aos turistas e habitantes. É cheia de ilhas, mangues e várias áreas de manguezais.

Em Recife há o Parque dos Manguezais, situado entre os bairros do Pina, Boa Viagem e Imbiribeira, na zona sul do Recife, e é banhado pelos rios Jordão e Pina. É um dos maiores manguezais urbanos do mundo.

Está aí o porquê de agora eu decidir chamar Recife de “Peneira Brasileira”. Porque além de estarmos meio que vivendo como se estivéssemos em Veneza, com a cidade literalmente dentro d’água, ainda temos que conviver com o terrível problema dos buracos.



Recife dentro d'água - Shopping Plaza Casa Forte - 05/05/2011



Eu poderia vir ao blog hoje falar das chuvas e alagamentos, mas isso está saturando. Falar de chuvas e alagamentos em Recife virou rotina de jornalistas e comunicólogos, e porque não dizer, rotina da população, que está de “saco cheio” de viver nesta Veneza. Os recifences clamam não por mudanças. Os recifences querem APENAS que Recife seja Recife, e não Veneza! É difícil Recife ser Recife? Isto pode ser tema para uma próxima conversa com os queridos visitantes de meu quarto.

Gostaria de hoje, neste momento, restringir este debate social apenas ao que se refere aos buracos. Sim, pois é um problema que está “batendo em minha porta”. Em frente à minha casa há um enorme buraco que a qualquer dia acabará quebrando carros e furando pneus, e por questões de poucos centímetros, tal buracÃO é quase na frente da minha garagem.

Venho por meio deste blog, clamar uma atitude da Prefeitura, que ficou de vir acabar o serviço (que serviço?) que a Compesa deixou inacabado quando consertou um cano quebrado.

Queridos, vejam na foto como é “inofensivo” este buraco.

  

Reparem que coberto pela água da chuva, o coitadinho não faz mal a ninguém... Até que caiam dentro dele! Sei que por está coberto pela água da chuva, está difícil perceber o tamanho do “problema”. Mas não agüentei esperar que a chuva passasse e o buraco secasse, para fotografá-lo seco(vazio) e só depois disso vir aqui postar esta mensagem de desabafo social. Eu não iria agüentar ficar tanto tempo com as idéias jogadas na mente. Precisava vir aqui organizá-las.  Sinto que agora fiz o que deveria. Vejam as fotos e vídeos e tirem suas próprias concluões.

 Vale lembrar que isto tem ocorrido na Rua Dr. Gil Rodrigues dos Santos, na Vila Tamandaré - Areias - Em frente à Escola Municipal Miguel Arraes.

Obrigada!